No teu canto de bonitezas
Um resquício de feia tristeza,
Lembranças boas do velho mato
Vôos bem rasos rasgando o pasto,
Mas agora na feia gaiola
Lembranças boas fazem tão mal
E o velho e doce regozijo
Torna o futuro triste e amargo
Faz música de cor brilhante
Mas vive em meio a dor rutilante,
Qual bicho pode ser tão fero
A ponto de metê-lo em ferros?
Ah! Belo Sabiá-Laranjeira
Fazedor de música bela
Superaste a rara harmonia
Das estrelas enamoradas,
Mas a terrível dor no peito
Aclareia o mal que lhe tem feito
O ferocíssimo animal
Em atos e modos brutal
“Aprecia a minha doce música
Tem por muito belo o meu vôo,
Porém, me arranca a liberdade
E atrás das grades me faz chorar.
No meu canto de bonitezas
Algum resquício de tristeza,
Lembranças boas do velho mato
Sem mais vôos a rasgar o pasto.''
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
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deliciosamente música esse poema.
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